A Cummins Inc. estabeleceu uma estratégia agressiva para o hidrogênio, abordando tanto a produção da fonte de energia de baixo carbono quanto a tecnologia de célula de combustível para convertê-lo em energia para os clientes. “As tecnologias de hidrogênio, particularmente os eletrolisadores, serão uma parte de crescimento rápido e cada vez mais importante de nossos negócios nos próximos anos. À medida que o impulso aumenta em todo o mundo para o uso de soluções de hidrogênio, continuaremos a alavancar nossas tecnologias líderes do setor, nossos profundos relacionamentos com clientes e em nossa extensa rede de serviços para permitir a adoção”, afirma o presidente e CEO da Cummins, Tom Linebarger, membro global do Conselho Hydrogen.
Para a Cummins, a neutralidade de carbono não pode ser alcançada sem investimento privado e apoio governamental. A Alemanha, por exemplo, planeja gastar US$ 9 bilhões em infraestrutura de hidrogênio nesta década, com 5 Gigawatts de capacidade de eletrolisador até 2030. A China e a Coréia do Sul estão desenvolvendo metas de produção de células de combustível e hidrogênio. Nos EUA, a Califórnia também espera gastar cerca de US$ 230 milhões em projetos de hidrogênio até o final de 2023.
As células de combustível PEM (Proton Exchange Membrane ou Membrana de Troca de Prótons)” da Cummins podem ser encontradas em um caminhão classe 8 para a Comissão de Energia da Califórnia, que inclui não apenas a composição da célula de combustível, mas também o armazenamento de hidrogênio, o sistema de bateria e o trem de força elétrico.
Do cinza para o verde – Quase todas as cerca de 70 milhões de toneladas de hidrogênio produzidas hoje são consideradas “hidrogênio cinza”, feitas com quantidades significativas de energia gerada pelo uso de gás natural. E a Cummins espera que a atenção inicial do mundo seja dada à substituição desse “hidrogênio cinza” por “hidrogênio verde”, produzido principalmente por meio da eletrólise da água usando energia renovável de fontes eólica, solar e hidrelétrica.
A Cummins já está produzindo uma série de eletrolisadores para gerar hidrogênio verde, incluindo um sistema eletrolisador de 20 megawatts quase completo em Bécancour, Canadá, que será o maior do mundo. Os eletrolisadores da empresa empregam tecnologias de membrana de troca de prótons (PEM) e alcalina. A Cummins recebeu recentemente uma doação de US$ 2 milhões do Departamento de Energia dos EUA para demonstrar o custo, desempenho e confiabilidade de uma célula de combustível.
No total, a Cummins já forneceu eletrolisadores para mais de 50 postos de abastecimento de hidrogênio em todo o mundo. Com o tempo, a Cummins espera que o preço dos eletrolisadores diminua. O aumento da disponibilidade de hidrogênio verde de baixo custo é projetado para impulsionar a demanda por células de combustível movidas a hidrogênio para converter hidrogênio verde em energia de baixo carbono para tudo, desde trens a caminhões e ônibus rodoviários, equipamentos de construção fora de estrada e aplicações de energia estacionária.
O hidrogênio nas operações – A Cummins não espera para iniciar o uso das células de combustível. A empresa já possui mais de 2 mil instalações de células de combustível em uma variedade de aplicações dentro e fora de estrada.
As células de combustível da Cummins, por exemplo, estão alimentando os primeiros trens de passageiros de célula de combustível de hidrogênio do mundo por meio da Alstom, uma fabricante francesa de trens. A empresa forneceu células de combustível para a FAUN, líder em veículos de coleta de lixo e varredores na Europa, para seu programa de caminhões elétricos de lixo.
A Cummins também está trabalhando com a ASKO, o maior atacadista de alimentos da Noruega, para fornecer células de combustível integradas em quatro caminhões elétricos Scania.