Ação da fabricante homenageia o Opala Stock Car, de 1991, recordista brasileiro de velocidade
Há 30 anos um Opala Stock Car, pilotado por Fábio Sotto Mayor, quebrou o recorde brasileiro de velocidade, com a marca de 303,157 km/h, até hoje não superada. No último domingo, dia 21 de agosto, o piloto recordista levou o Opala restaurado pela Dana à pista em uma exibição especial, no Autódromo de Interlagos, na etapa da Copa Truck. A restauração do Opala recordista faz parte das ações de comemoração dos 75 anos da Dana no Brasil.
“Temos muito orgulho deste novo capítulo na recuperação da nossa história, projeto que novamente mobilizou um sem-fim de colegas, parceiros de longa data e vários novos que juntos viabilizaram este complexo projeto de restauro, a exemplo do que havíamos feito na restauração do primeiro Fórmula 1 brasileiro, o Fittipaldi FD-01, quase 20 anos atrás,” destaca Raul Germany, Presidente da Dana para o Brasil.
O trabalho de restauração do Opala teve início com a busca de um automóvel usado na Stock Car semelhante ao utilizado por Sotto Mayor em Bertioga e que se enquadrasse no regulamento vigente entre 1987 a 1993. Um modelo com pedigree de campeão foi encontrado em Artur Nogueira, interior de São Paulo, uma réplica do carro que levou a dupla formada por Angelo Giombelli e Ingo Hoffmann ao título da temporada de 1993.
As peças fabricadas pela Dana foram obtidas e instaladas com a colaboração de técnicos e mecânicos especializados em cardan e diferencial. O famoso eixo diferencial Dana 44 e seu cardan, dobradinha robusta e confiável que é sonho de consumo de qualquer apaixonado pelo Chevrolet Opala, foram encomendados para as fábricas de Gravataí e Sorocaba e devidamente instalados por especialistas.
Já os componentes fabricados especialmente para a Stock Car criaram um outro cenário. Exemplo típico são as rodas de liga leve e os pneus Pirelli usados na época. O carro tinha um jogo de rodas originais para os pneus tala larga 265x40xR16 mas o recorde foi quebrado com um outro jogo, de aro 14, uma configuração mais baixa e mais agressiva, de acordo com a empreitada da quebra do recorde. Um colecionador tinha as rodas, pintadas de amarelo como as originais, e os pneus vieram de um fabricante do exterior.
Segundo Luis Pedro Ferreira, diretor de Comunicação e Marketing da Dana e líder do projeto, o primeiro obstáculo foi recuperar a parte interna do carro, algo totalmente marcado pelo tempo e pela manutenção quase inexistente de sua estrutura. “O trabalho de restauro combina arqueologia, pesquisas e adaptações, um esforço épico, quase que similar ao da quebra do recorde. É motivo de alegria e orgulho ver o trabalho de alguns anos e tantas pessoas chegar as pistas novamente.” O carro a partir de agora estará presente em feiras e eventos especializados.
“Recriar um carro nacional que marcou época na história do esporte nos ajuda a reforçar a capacidade criativa de profissionais abnegados e apaixonados pelo automobilismo brasileiro. Nada mais apropriado do que coroar com este presente o ano em que celebramos os 75 anos de atividades da Dana no Brasil,” destaca Raul Germany,